vinhos e outras amenidades

  by FlávioMPinto O terroir de Livramento, mais especificamente o de Palomas, cercando o Cerro de Palomas e o da Cruz, é um dos primeiros, que foram levantados por um estudo estratégico, feito por universidades americanas auxiliadas por satélites no Brasil na década de 70 passada. A região foi indicada para cultivo de uvas finas, reconhecendo um dos últimos terroirs de qualidade disponíveis no mundo. A uva Tannat encontrou seu ambiente gerando excelentes vinhos naquela região  fronteira gaúcha. O cultivo de cepas internacionais foi o foco da vinícola , a Almadén. Um dos destaques foi a Tannat, que gerou um vinho potente, demarcador de território com seu corpo marcante. Chegaram outras vinícolas a desenvolver o plantio de cepas reconhecidas, e a Nova Aliança foi uma das últimas aquisições.  Esse Cerro da Cruz não deixa cair a bola da Tannat de Livramento e Palomas.  Escuro, intenso de cor, aromas fortes de frutas vermelhas maduras. De lágrimas parcimoniosas e densas.  Na boca,

  MIOLO SINGLE VINEYARD RIESLING JOHANNISBERG 2018 by FlávioMPinto Esse vinho na realidade é da Almadén….mas como a Almadén faz parte do grupo Miolo….as uvas são dos vinhedos da Almadén na Campanha Central, provavelmente de Livramento, o berço das uvas finas brasileiras. A Riesling Johannisberg é a Riesling Renano já conhecida. Vinho de um vinhedo único, uniforme, captando toda tipicidade das cepa. De cor amarela com reflexos dourados, aromas de flores silvestres e brancas de jardim. Refrescante com seus sabores discretos de líxias, pêras. O teor alcoólico de 11,5% o deixa na linha dos brancos  indicados para acompanhar pratos frios, os  pouco condimentados, saladas e como aperitivo nos dias quentes. Ótima acidez e textura firme, bem definindo seu corpo. Deixa um final com toques cítricos. Esta é a minha opinião. 

by FlávioMPinto O Médoc é a região mais proeminente e aristocrática de vinhos da França. É secular sua influência. Localizada a noroeste de Bordeaux, possui aproximadamente 80 km por 30 e centenas de Apellations Controlée, reconhecidas no mundo vinícola. Abraça o estuário do Gironde, saída para o mar de dois rios importantes da região: Garône ao sul  e Dordogne ao norte. Era conhecida como a região de uma tribo celta chamada Medullicus. É dividida em 5 regiões que ditam a qualidade dos melhores vinhos do mundo: Pauillac, Saint Estéphe, Margaux, Saint Julian, Medoc (Haut e Bas). Apresenta solos distintos, mas de uma fertilidade ímpar para a vitivinicultura. O resultado é de excepcionais vinhos, que vão dos doces de Sauternes aos austeros de Margaux, Pauillac e Pomerol.  O eixo abrangendo Santana do Livramento-Dom Pedrito- Rosario do Sul-São Gabriel, na parte central  da Campanha Gaúcha, se desenvolve numa região de geologia ímpar e uniforme, abrangendo aproximadamente 150 km por

  O RITUAL DA ABERTURA DE UMA GARRAFA DE VINHO by FlávioMPinto Poucos notaram , ou nunca observaram, porquê os abridores de vinho sempre possuem um pequeno canivete! Sim, é para cortar uma tampinha na cápsula metálica da garrafa  na primeira parte do invólucro, bem no ressalto inicial do gargalo. Se jamais se deu conta disso, também não saberá porque essa cápsula possui, na parte superior, dois buraquinhos! Algumas possuem três.  O vinho é um produto fermentado que continua sua saga até depois de ser aberto.  Gases, que estavam confinados a muito tempo, são liberados no desarrolhar e continuam fermentando; devagar, mas continuam.  O vinho é um ser vivo em constante evolução, sempre se aprimorando. A evolução na garrafa arrolhada é inconteste, gerando aromas e sabores terciários que engrandecem e qualificam o produto. E esse processo continua enquanto tiver vinho na garrafa. Por isso, a garrafa pode ser guardada de pé,  pois já está sem rolha. A recolocação da tampinha permiti

  By FlávioMPinto  Um típico vinho português moderno. Um blend magnífico, como só os portugueses sabem fazer, com as uvas mais emblemáticas da região de Lisboa. Com lágrimas parcimoniosas. De cor púrpura clara dominante, juntamente com os aromas de framboesas. Medianamente encorpado, com personalidade própria do terroir lisboeta, com uma elegância ímpar, embora se destine ao diário.  Uma ótima acidez acompanhada de 13,5 por cento de álcool, dando um bom recado. Medianamente encorpado. Feito com as  uvas autóctones portuguesas Castelão, Tinta Miuda, Touriga Nacional e Camarate. Um vinho muito agradável e com ótima vertente gastronômica. Deixa um final longo e frutado. Está é a minha opinião.

  by FlávioMPinto A recepção a uva alsaciana no terroir da Campanha remonta a Almadén dos anos 80/90 do século passado, quando nasceu Palomas para o mundo vinífero brasileiro. Em Dom Pedrito repetiu-se a ótima adaptação gerando um vinho distinto, fresco, com ótima acidez. Com aromas primários de flores silvestres e cítricos, a Gewurztraminer vai abrindo caminho a quem conhece e a prestigia. Encontrou seu lugar na fronteira, embora já tenha dados bons frutos no terroir de Livramento. Dom Pedrito fica junto num terroir de terras contíguas.  Com um corpo muito pronunciado, o branco de Dom Pedrito destaca-se por sua acidez excelente, galgando degraus para consagrar-se como um ótimo acompanhamento gastronômico.  O teor alcoolico de 12% confere ao Obelisco 2018 mostra uma boa potência aliada a uma doçura ímpar, característica da cepa. Mais um competente achado da região da Campanha Gaúcha. Esta é a minha opinião.

  by FlávioMPinto O terroir da região da Campanha Gaúcha, na fronteira com o Uruguai,  se manifesta com esplendor nas mais variadas cepas ali plantadas. Recepciona com uma geologia exemplar acompanhada de um clima amigável resultando em produtos da melhor qualidade. Uma das ultimas aquisições da fronteira foi a sul-africana Pinotage da Vinícola Dom Pedrito, que  planta e colhe em Dom Pedrito e vinifica seus produtos na Cordilheira de Santana em Livramento, a poucos quilômetros do seu terroir. A Pinotage foi bem acolhida e produziu um vinho escuro, intenso, com aromas também intensos de frutas vermelhas silvestres. A híbrida africana trouxe sua exuberância para a fronteira. Um vinho encorpado, elegante, de acidez acentuada reforçando sua vocação gastronômica. Fresco,  seu teor alcoolico deixa seu corpo muito distinto. A complexidade de sabores, também complementa seu corpo, agregando os aromas primários aos sabores de frutas vermelhas silvestres como amoras, cerejas, pitangas m

  by FlávioMPinto Um excelente espumante da tradicional vinícola gaúcha. Uma perlage atraente e muito viva, cor um pouco esverdeada com reflexos brilhantes.  Aromas cítricos se desprendem rapidamente.  Um espumante de Chardonnay  da Serra gaúcha, feito pelo processo Charmat. A complexidade se faz presente com os sabores de pão torrado, melões, laranjas e limões sicilianos. O espumante é um vinho que combina com qualquer prato exaltando sua vocação gastronômica. Uma acidez nota dez. Um corpo elegante, tentador, fresco, refrescante, e, é claro, muito agradável. Pode ser degustado só. Combina com qualquer momento. Esta é a minha opinião.